Aula 8- Bioquímica do eritrócito, catabolismo do grupo heme.
A célula tronco hematopoeitica da origem a hemácia por um
longo processo que é regulado pela glicoproteína eritropoietina. A diminuição
da oxigenação tecidual gera a síntese e liberação de ritropoeitina que é gerada
por vários fatores.
Imagem 1
A B12 participa da síntese de hemácias, o eritrócito perde
suas organelas, como: núcleo, mitocôndria e reticulo endoplasmático na sua
maturação. Ele tem o formato de disco bicôncavo, que é essencial para aumentar
sua superfície de contato e a troca gasosa. Internamente o eritrócito é
composto por uma solução aquosa com 95% de hemoglobina. (Imagem 1)
A hemoglobina se divide
em hemoglobina e grupamento heme com ferro, que caracteriza a cor do
sangue, como ela não tem mitocôndria a fosforilação oxidativa não acontece. O
eritrócito precisa de energia para manutenção de processos básicos, o primeiro
é a manutenção da forma da célula, mantendo a intrigadade funcional e
estrutural da célula, o segundo é a manutenção do ferro heomglobinico de forma
funcional onde a hemoglobina torna-se capaz de transportar O2, o terceiro é
manutenção das vias metabólicas de produção de energia que é obtida através da
glicose pela via glicolitica e pela via das pentoses em menor proporção. Já que
a hemácia é incapaz de utilizar proteínas e ácidos graxos. (Imagem 2)
Imagem 2
Via glicolítica
Cerca de 90% da glicose que o eritrócito "cata" é
metabolicamente oxidado nessa via e tem como produto final o lactato. Conhecida
também como glicólise anaeróbia. Na glicólise, uma molécula de glicose é
quebrada em 2 moléculas de piruvato. Saldo energético de moléculas de ATP e
NADH. Esse piruvato será fermentado à lactato e isso permite que a via
glicolítica continue, pois quando o piruvato vai a lactato o NADH produzido na
via glicolítica volta a ser NAD (piruvato é aceptor final de elétrons) e o
piruvato é reduzido a lactato, e o NADH volta a ser NAD e pode voltar para
glicólise, sendo um ciclo.
Via das pentoses
Só 10% da glicose que entra na hemácia é utilizada nessa
via. A molécula de glicose gera duas moléculas de NADPH. Como no eritrócito tanto
a fase oxidativa quanto a fase não oxidativa tá ativa, ela acaba sendo cíclica.
O NADPH gerado é essencial para a síntese de grupos tiol da hemoglobina e
também proteínas de membrana contra oxidação; ele vai exercer essa função
protetora indiretamente: mantendo os níveis de glutatião reduzidos. Essa via
produz ATP, NADPH E NADH.
Via de Rapport-Luebering (Via de desvio da glicólise)
Gera 2,3 DPG (difosfoglicerato). O 1,3 difosfoglicerato é
utilizado como substrato de uma enzima chamada mutase, que troca o fosfato do
carbono 1 para o carbono 2, formando 2,3 DPG. Depois disso, esse fosfato é
retirado pela 2,3 DPG fosfatase, tornando-o em 3 fosfoglicerato que é um
intermediário da via glicolítica. Na via glicolítica, essa reação renderia a
síntese de uma molécula de ATP, mas, com um desvio, deixa de acontecer essa
síntese. Considera-se então que esse desvio como sendo despendioso de energia
pois deixa de ocorrer a síntese de ATP. Entretanto, é importante esse desvio
pois essa molécula de 2,3 DPG consegue se integrar com a molécula de
hemoglobina, de forma a diminuir a afinidade de hemoglobina com a molécula de
oxigênio. Sem a presença de 2,3 DPG é impossível que o tecido seja oxigenado,
ou seja, o tecido morre.
Via de síntese de glutatião e a manutenção do glutatião em
sua forma reduzida
Duas moléculas de glutatiao no estado oxidado. Dessa forma,
ele reduz outras proteínas. O glutatiao ainda reduz o peroxido de hidrogênio em
duas moléculas de agua e assim evita dano os lipídios e proteínas da membrana. O glutatião reduzido é responsável por
amenizar sintomas de envelhecimento na hemácia.
A última via é a via da metaemoglobina redutase, que se
utiliza do poder redutor do NADH e do NADPH para transformar a metaemoglobina ( Fe3+) em hemoglobina ( Fe2+ ) tornando possível o transporte de oxigênio.
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